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Na região de Moscou, policiais revistaram o apartamento de uma mulher de 70 anos depois que seu neto contou ao comitê militar sobre sua fé
Região de MoscouEm 7 de julho de 2020, na cidade de Likino-Dulevo, região de Moscou, as forças de segurança invadiram o apartamento de Kirill Leonov, de 20 anos, e sua avó. Após as buscas, Kirill foi interrogado por 2 horas no departamento de polícia sobre sua fé. Descobriu-se que o escritório de registro e alistamento militar havia dado à CPE informações de que o crente havia pedido serviço alternativo.
Ao contrário das garantias das autoridades russas de que a religião das Testemunhas de Jeová não é proibida, e do artigo 28 da Constituição sobre a liberdade de professar sua fé pessoalmente ou em conjunto com outras pessoas, a equipe do comitê militar relatou informações sobre Leonov ao Centro de Combate ao Extremismo (CEC).
Logo após a visita de Leonov ao comitê militar, a major de polícia Galina Udinova, o oficial do CEC Artem Mitrokhin e outros dois agentes de segurança foram ao apartamento de Kirill. A vistoria no local - aliás as buscas - começou às 8h30. Os policiais abriram guarda-roupas e sacolas pessoais de fiéis. Eles apreenderam equipamentos eletrônicos e suportes de dados, incluindo um disco com o vídeo do casamento da irmã de Leonov. Apesar de os documentos da inspeção incluírem exclusivamente Kirill Leonov, os policiais perguntaram à avó de 70 anos sobre religião.
Após as medidas de investigação, Kirill Leonov foi levado para interrogatório no departamento de polícia do Ministério do Interior Likino-Dulevo, de onde foi libertado duas horas depois. Na delegacia, ele foi interrogado sobre a atitude em relação à religião das Testemunhas de Jeová, encontros com fiéis. Ainda não se sabe se um processo criminal foi iniciado contra um crente.