Foto: Invasão das Testemunhas de Jeová na Crimeia (março de 2019)
Em 26 de março de 2019, o investigador do FSB S. Bosiyev acusou Artem Gerasimov, que foi detido para interrogatório durante buscas em 8 casas de crentes em Alupka, Gurzuf e Yalta (Crimeia), de organizar atividades extremistas (parte 1 do artigo 282.2 do Código Penal da Federação Russa). Após interrogatório, ele foi liberado.
De acordo com a decisão do investigador, a culpa de Artem Gerasimov reside no fato de que ele realizou reuniões de Testemunhas de Jeová, "percebendo o perigo público" disso. Gerasimov também é acusado de "conhecer a literatura" que contém declarações "degradantes da dignidade humana com base na atitude em relação à religião". O investigador não deu explicações ou exemplos específicos.
Vale ressaltar que durante as audiências do caso sobre a proibição do Centro Administrativo das Testemunhas de Jeová na Rússia e de outras 395 organizações locais de crentes, nenhum fato foi ouvido provando que a organização das Testemunhas de Jeová inspirou quaisquer crimes reais. Ativistas de direitos humanos e outros membros do público consideram as Testemunhas de Jeová uma religião pacífica, que é alheia às ideias de inimizade e ódio por qualquer motivo.
Após a proibição de organizações de Testemunhas de Jeová na Rússia, incluindo a Crimeia, a perseguição aos crentes começou, apesar da explicação do governo russo de que a proibição deveria se aplicar apenas a pessoas jurídicas e não deveria restringir o direito dos crentes de praticar essa religião. O presidente russo, Vladimir Putin, também expressou perplexidade com a perseguição às Testemunhas de Jeová.