Foto: Invasão de crentes em Polyarny (2018)
Na região de Amur, um processo criminal por fé foi iniciado, buscas foram realizadas
Região de AmurDesde as 7h00 de 20 de julho de 2018, pelo menos três casas de cidadãos que se acredita serem Testemunhas de Jeová foram revistadas em Blagoveshchensk. Um deles foi acusado com base na Parte 2 do Artigo 282.2 do Código Penal da Federação Russa (participação nas atividades de uma organização extremista).
O caso está sendo conduzido pelo FSB da Rússia para a região de Amur, investigador I. Beloglazov. De acordo com o investigador, ficou a saber-se que, no âmbito da preparação operacional deste caso, foi instalado um dispositivo de escuta no apartamento de um casal durante quase seis meses, pelo que a investigação tem uma série de detalhes da vida pessoal dos cônjuges. Tal invasão sem cerimônia da privacidade, violação do direito à inviolabilidade do lar, segredos pessoais e familiares, tornou-se possível como parte da brutal perseguição desencadeada contra as Testemunhas de Jeová. Policiais de todo o país interpretam falsamente o cumprimento de preceitos religiosos comuns, como orar juntos ou ler a Bíblia, como participação nas atividades de uma organização extremista. Tudo isso foi consequência direta de um erro judiciário cometido pela Suprema Corte da Rússia e pessoalmente pelo juiz Yuri Ivanenko.
As buscas nas casas dos pacíficos moradores de Blagoveshchensk foram sancionadas por Oleg Filatov, juiz do Tribunal da Cidade de Blagoveshchensk, na região de Amur. Casos criminais semelhantes foram iniciados em outras regiões do Extremo Oriente - nos Territórios Khabarovsk e Primorsky, nas Regiões Autônomas Magadan e Judaica, e também em Yakutia.
Atualização. De acordo com dados atualizados, em 20 de julho de 2018, 7 buscas foram realizadas nos apartamentos dos crentes em Blagoveshchensk.